Estive errante pela costa Alentejana e nómada de mim mesma fui "recolectando" novas memórias de novos momentos, de novas pessoas, novas respostas. As perguntas, essas, mantêm-se iguais.
O sol e o mar fizeram-me bem à alma. A chuva nem por isso. Mas a música abriu-me o horizonte e fechou abismos dentro de mim. E por entre muitos copos meio cheios de muitas garrafas meio vazias ia-me desencontrando do martírio de estar sozinha no meio da multidão e descobrindo sorrisos perdidos e abraços suspensos.
Por tudo isto e por tudo mais, é óbvia a razão da minha ressaca neste já esperado mas não permanente regresso a casa.
Porque a ressaca não é mais do que aquilo que nos acontece quando queremos mergulhar na onda que se aproxima e levamos com a anterior nas costas.
1 comentário:
Fiquei ainda a acabar umas coisas que tinha que fazer e passei por este teu novo post. Gostei, sobretudo depois de ter ouvido o sacana do sueco a tocar o Heartbeats.
Mas sabes uma coisa? Ainda gostei mais daquela parte em que tu disseste "novas memórias de novos momentos". É um pouco isso que me acontece, com a ligeira diferença de serem, do meu modo de ver as coisas, novas memórias de velhos momentos!
Porquê!? Sem querer parecer saudosista, as memórias são sempre novas desde que nós as queiramos lembrar... Os momentos, esses são sempre velhos porque não se repetem! Passaram...
Aqui está a função da recordação, para ser praticada por nós, portugueses e doutores da saudade.
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