É esta a banda sonora dos meus pensamentos quando vejo o que tem vindo a acontecer à humanidade desde há muitos anos atrás.
Agora erguem-se muros na europa e o nó cego da minha garganta aperta mais um pouco e o meu cérebro paralisa por falta de capacidade em processar as notícias que chegam sobre o desamor que cresce no mundo alegadamente civilizado.
Aceitar a realidade de que os homens são maus, não por desconhecimento, mas por uma vontade própria, informada e egoísta é uma tarefa hercúlea, na qual tenho vindo debater-me ao longo dos anos. Ainda assim a minha alma, bem como o meu corpo, continuam a rejeitar a realidade de só vivermos para dentro. A folha que eu fui, já não me lembro bem quando, transformou-se em bola de papel, amarfanhada, arrastada pelo vento e pontapeada por quem passa na rua, enquanto tento perceber a lógica irracional de ter sido colocada num mundo tão errado para mim.
Mas quando oiço esta música, lembro-me que como eu há muitos que também não compreendem a crueldade da ordem desorneda em que gastamos os nossos dias. Quando trauteio a letra que sei de cor, porque a repetia com as minhas primas a caminho da praia, sei que tenho de fazer alguma coisa. Ainda só não sei o quê.
"Eu não espero pelo dia Em que todos Os homens concordem
Apenas sei de diversas Harmonias bonitas Possíveis sem juízo final..."
Apenas sei de diversas Harmonias bonitas Possíveis sem juízo final..."
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