quarta-feira, 12 de março de 2008

Lisboa no Lusco-Fusco

Lisboa é linda a todas as horas, é um facto!

À noite com as luzes, com o burburinho das conversas que se acumulam nas ruas, com os brindes de copos cheios aos dias que hão-de vir melhores, com as festas que se sucedem e se misturam, com o dia de trabalho que ficou para trás, com olhares cheios de promessas...

Ao amanhecer com o cheiro a fresco da esperança de um novo dia, com o sol que insiste na repetição de nascer todos os dias, com a calma e silêncio e a paz que precede a tormenta, com aquela luz que faz tudo parecer melhor, com o chilrear dos pássaros em forma de despertador...

Mas ao entardecer, no lusco-fusco, esse momento tão efémero e difícil de agarrar, Lisboa transforma-se na cena de um filme vencedor do Óscar de melhor fotografia e certamente de melhor banda-sonora, aquela que passa na nossa cabeça (porque tudo o que é belo tem de ter música a acompanhar para ficar ainda melhor). Lisboa nestes cinco/sete minutos ganha uma cor que não se vê em mais nenhum momento do dia. O dia de trabalho acaba, a noite ainda não começou, a luz do sol ainda se vê mas as luzes da cidade já se acenderam e o céu veste-se de cores festivas antes do fato escuro, o dress code de todas as noites.

Se apanharem este momento parem por favor! Fiquem em silêncio e respirem fundo e tentem absorver com os olhos tudo o que a cidade tem para vos mostrar. Têm cinco/sete minutos... Aproveitem-os bem!