* DISCLAIMER: o conteúdo que se segue contém linguagem imprópria para menores de 18 ou meninas de bem
Neste momento da minha vida em que me encontro a fazer o "rerun" das primeiras temporadas do Lost, voltei a confrontar-me com um dos binómios mais importantes para a vida de qualquer mulher solteira: Homem Nhó v. Homem Cabrão. E a questão que decorre da solução que damos a este binómio também se impõe: Porque é que as mulheres preferem sempre os cabrões?
Quem alguma vez na vida me tenha indagado sobre se os homens são todos iguais ou não, teve a felicidade ou infelicidade de ouvir toda a minha construção teórica sobre o bicho-homem. Não seria uma verdadeira Bridget se não tivesse teoria sobre eles. E mesmo depois de ter já encontrado o meu Mark Darcy (apesar do meu bebé insistir que é o Daniel Cleaver) a minha teoria mantém-se. Passo a explicar:
Os homens são todos iguais. Sim, é um cliché e tal como a maior parte dos clichés, tem fundamento na verdade; eles não nascem por acaso. E ressalvo já que é uma generalização. Sim, eu sei, existem excepções. Porém, sem generalizações não se consegue conversar sobre um grupo ou conjunto de coisas.
Mas apesar de serem todos iguais, os homens dividem-se em três categorias:* o Nhó, o Cabrão e o Filho da Puta.
Ora bem.. O Nhó é aquele com o qual as mulheres se casam a partir do momento em que entram na casa do desespero (dos 30 em diante) ou antes disso, caso tenham tido O desgosto da vida com um cabrão ou filho da puta qualquer. Os Nhós numa relação gostam mais das mulheres do que elas deles. Elas preferem a estabilidade de serem amadas a terem de sofrer tudo outra vez. Eles fazem tudo por elas, adoram-nas, beijam o chão que elas pisam. São paus mandado(s). Isto porque, em regra, se sentem inferiores a elas, e por isso sentem que tiveram a sorte da vida por terem conseguido agarrar aquela mulher tão espectacular (ou não) e fazem tudo o que for preciso para manter o status quo.
Nenhuma mulher, salvo as que referi anteriormente e as nhós, prefere estes homens. A não ser que prefiram a estabilidade e o conforto ao verdadeiro amor. E normalmente são essas as ressabiadas que têm inveja das mulheres que arriscam e que, consequentemente, conseguem ser mais felizes. Mas voltando aos homens.
Passemos aos Filhos da Puta. Ora bem, os Filhos da Puta são os maiores crápulas que vocês podem conhecer. Se os conseguirem identificar (cuidado meninas, porque existem muitos Filhos da Puta disfarçados de Bonus Pater Familiae), afastam-se porque eles nem para ser amigos servem. São esses que dizem que nos amam para nos levarem para a cama e depois fingem não se lembrar sequer de nós quando se voltam a cruzar connosco. Mas entretanto, gabam-se a todos que fizeram e aconteceram. Os Filhos da Puta são os seres mais egocêntricos à face da terra. São aqueles que vos traem com meio mundo, sem qualquer ponta de escrúpulos ou remorsos ou motivo. Simplesmente, porque sim. Be afraid, be very afraid.
Por último, os Cabrões, my favourites. Segue infra o melhor exemplo do espécime em questão.
Joshua Lee Holloway, a.k.a. "Sawyer"
Just too fucking good to be true..
Os Cabrões são, no fundo, um nhó que quer fazer-se passar por filho da puta e não consegue :) São o meu género de Meio Copo, uma média desorientada de extremos antagónicos que, por alguma razão, faz sentido. O Cabrão é aquele que te diz que não quer nada sério contigo antes de te levar para a cama, e tu não acreditas e achas que vais convencê-lo a ficar e depois no fim chamas-lhe filho da puta. Mas nós queremos salvá-lo do sofrimento (sim, porque o Cabrão é sempre um traumatizado) e não resistimos a tentar dar uma de Madre Teresa de Calcutá. E perguntam os Nhós: Mas porquê??? Ao que respondo: Porque um Cabrão, quando se apaixona e te ama de verdade, é a melhor coisa do mundo. Porque ele consegue ser o Nhó que te dá festas e fala a bebé e o Filho da Puta que te sabe virar ao contrário. O pai dos teus filhos e o melhor amante. O que faz amor e o que faz sexo. Nós escolhemos os Cabrões porque, no fundo, para quê escolher quando se pode ter tudo.
7 comentários:
Recebi este texto por e-mail. Não sei bem porquê! Porventura quem o enviou viu em mim um Nhó, um Cabrão ou um verdadeiro Filho da Puta… Enfim, é irrelevante pois o que importa é que este texto está soberbo. É porém uma classificação tipicamente feminina. Na verdade, o Nhó é o verdadeiro totó que normalmente encontra uma Puta pela frente, o Filho da Puta anda sem rumo à procura da mulher ideal e o Cabrão é o gajo apaixonado que ora é totó ora tem de ser um Filho da Puta para marcar o seu território…
Caro anónimo
Em primeiro lugar, agradeço o comentário.
Em segundo é com a sensação de orgulho que tenho agora conhecimento que o texto já está a ser transmitido via e-mail.
Por fim, e o mais importante, concordo perfeitamente com o ponto de vista masculino que veio aqui explicar e que penso ser perfeitamente compatível com a teoria descrita. A sua explicação roça a genialidade. Qualquer dia escrevo um texto sobre mulheres para poder fazer um reply à remetente do seu e-mail.
Porém, para escrever sobre as mulheres preciso de um bocadinho mais de tempo.. É que nós somos, verdadeiramente, muito mais complicadas.
Volte sempre!
Quando ero bambino mi accorsi che non avevo la linea della fortuna sulla mano. Così presi il rasoio di mio padre e zac! Me ne feci una come volevo.
Bacci Ms Grosvenor
Amore mio...
Corto no sape que é possibile divenire padroni del proprio destino sin tornarsi un eterno bambino triste. Ma tu sai.
Baci Signore Maltese
....muito bom, mesmo !!!
Bjs
Miss Jones, vim parar ao seu blogue através de um link que deixou num comentário ao post "Let's talk about sex?" d'O Arrumadinho. Li esta dissertação (será que lhe posso chamar assim?) sobre o homens e gostei bastante. Além do tema propriamente dito fiquei curiosa com alguns vocábulos que usa (Bonus Pater Familiae? Isto faz-me lembrar as minhas aulas de Direito Romano!). Por isso, dei mais uma vista de olhos e confirmei as minhas suspeitas de se tratar de alguém ligado ao Direito (as pessoas que têm algo em comum connosco atraem sempre a nossa atenção, não é verdade?).
Deixo apenas este comentário (pelo menos por agora), mas quero que saiba que gostei muito de alguns dos seus textos. Já segui e tenho a certeza que me vou tornar uma leitora assídua.
Cumprimentos,
Sofia.
Espero ainda vir a tempo de agradecer à princesa Tagarela à Sofia. Desculpem não vos ter respondido antes mas só agora vi os vossos comentários (parece impossível!!). Muito obrigada pela leitura e pela simpatia.
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