quinta-feira, 31 de maio de 2012

Awareness...




  • An estimated one million children are forced to work in the global sex industry every year

  • The global sex slavery market generates a $39 billion profit annually

  • Selling young girls is more profitable than trafficking drugs or weapons


Celebrities are taking part in Real Men Don't Buy Girls campaign. Be part in this campaign and spread awareness...

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Sobre o cinema português ou Resposta à resposta do Sr. Realizador João Salaviza

Disclaimer: Para todos os actores, realizadores, produtores, assistentes, guionistas, câmaras, directores de fotografia, etc, sejam meus amigos, familiares ou perfeitos desconhecidos, este post é escrito na qualidade que contribuinte, porque pago impostos, porque sou uma cidadã activa deste país, porque gosto de cinema, porque trabalho a recibos verdes, porque todos passamos dificuldades e porque estamos em crise. Não quero ferir susceptibilidades, mas sei que o vou fazer. Mas esta é a minha opinião dada em minha casa. Para a malta do BE de quem sou amiga por motivos que não os políticos, por favor não se zanguem.




Sou quase viciada em cinema e televisão desde que me lembro (vicissitudes de se ser filha única). E quando era pequenina queria ser actriz porque era a única forma de poder conjugar todas as profissões que queria ser. Mas depois cresci e decidi que afinal queria trabalhar.

Se retirarem o tom ofensivo que estão a escutar na vossa cabeça enquanto lêem o que escrevo.. a sério podem retirá-lo e ler outra vez. Já leram? Continuam a achar ofensivo? E se eu vos disser que "trabalhar" nas vossas profissões deve dar um gozo tão grande que nem parece trabalho.. Agora leiam outra vez.. Assim está melhor..

Mas dito isto vou partir outra vez para a ofensa: Malta, e especificamente, o Sr. Realizador João Salaviza, o cinema em Portugal não é lucrativo certo? Não estou a falar para cada um de vocês, estou a falar em termos de resultados de bilheteira face à dimensão do investimento.. De retorno do investimento realizado pelo estado.

Ai mas não é o estado português que financia, que às vezes, o Brasil e França também ajudam ao deboche.
"Em primeiro lugar, porque o cinema português nunca recebeu dinheiro do orçamento de Estado, apenas de uma taxa de 4% sobre a publicidade, portanto se existe sector em Portugal que não beneficia de subsídios e apoios estatais esse sector é exactamente o do Cinema." - Sr. Realizador João Salaviza.

Sr. João Salaviza  isto que o Senhor disse é uma desonestidade moral para quem o lê. É que só pode estar a gozar. Senão vejamos:

Do relatório de contas de 2010 do FICA (Fundo de Investimento para o Cinema e Audiovisual)



"O Fundo tem como participantes as seguintes entidades:

Estado Português, cuja subscrição de unidades de participação foi inicialmente realizada pelo Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e à Inovação, I.P. (IAPMEI), que as transmitiu já em 2009 ao FINOVA, e que está representado nas Assembleias de Participantes (AP) pelo Instituto do Cinema e Audiovisual, I.P. (ICA), detentor das unidades de participação da categoria A,representativas de 39,76% do capital do Fundo"

Trocando por miúdos, o estado português deu ao nosso cinema de Julho de 2007 até Abril de 2012 a módica quantia de 33 milhões de euros. Isto só através do FICA e só para estes cinco anos (quase todos de crise).






Ah, mas a cultura é muito importante. Pois é, mas sinceramente, preferia consignar todos os impostos que pago para disponibilizar medicamentos a idosos que vivem na miséria, a dar condições a escolas e hospitais e pequenos almoços a crianças. Ao invés, 33 milhões de euros foram para os senhores terem masturbações intelectuais que servem apenas para ejaculações precoces dos vossos amigos e conhecidos nas salas que ainda passam cinema português. Agora sim com um tom agressivo se faz favor.

E depois é um escândalo quando as pessoas se amotinam no Pingo Doce. As pessoas gastam cada vez menos em cultura porque a fome, as prestações e tudo mais aperta e o cinema não é uma prioridade. E quando vão ao cinema, querem ver qualquer coisa que as entretenha. Eu não sou apologista de um cinema de massas, semi-acéfalo. Mas se querem fazer viagens intelectuais ao vosso umbigo, façam isso com o vosso dinheiro. Ou então com o dinheiro do Brasil e de França e da Alemanha, que esses podem mais que nós.

É demagógico, talvez, mas o que é que não é? É tudo uma questão de prioridades e a minha prioridade, em tempos de necessidade, não é dar de comer às bocas do cinema português, que têm bracinhos para se alimentar sozinhas. Lamento.

Se sou contra o cinema português, ou contra a indústria do cinema em geral? De todo. Mas façam filmes mais baratos que levem mais gente ao cinema. Nem que para isso tenham de contratar a Soraia que é tão gira. Façam filmes como os franceses e os italianos que são vistos em todo o mundo e são bons.

Tive imenso orgulho quando soube que um realizador tão novo e português como João Salaviza ganhou os prémios que ganhou, principalmente se for verdade o que diz sobre o financiamento do próprio filme. Mas agora digo eu, ou é uma pessoa desinformada ou faz por mentir: o Estado Português financia o cinema português!! Se devia fazê-lo? Não digo que não. Mas não nos moldes e no montante em que o faz. É pura e simplesmente um investimento a fundo perdido, é um plano Marshall dos artistas, só que no fim, nada foi construído. É uma vergonha!


 

terça-feira, 8 de maio de 2012

Woody Allen really gets me or I really am a Winter person



Depois de tantas conversas de elevador, cigarro e blogosfera sobre o facto de chover ou não chover, e agora que o céu parece de novo azul, não resisto confessar uma característica que é quase suficiente para me definir. I'm a winter person!

Não é que não goste de verão e de praia e de me passear pela vida de sandálias e ombros descobertos, mas não há nada melhor do que passear à chuva. Não sei se pelo romantismo nostálgico que o inverno traz consigo quando transforma o mundo num filme a preto e branco, não sei se é pela luz clara do frio, não sei se pelo jazz que toca na minha banda sonora mental e carro cada vez que chove.

Nem a minha própria mãe percebe esta minha singularidade, mas sei que não estou sozinha. Mais uma vez, o Woody Allen não desiludiu (como se fosse possível) e criou uma personagem para a sua meia-noite em Paris que gosta de escrever, andar à chuva, dos anos 20 e do Cole Porter e do Ernest e dos Fitszgerald. Cliché ou não, havendo tantos não me importo nada de pertencer a este... 

Sempre soube que o Woddy me percebia, não fosse ele ser amante do preto e branco, do jazz e de Nova Iorque, my home away from home. We are so alike we have matching glasses! Maybe i'll visit him this year but only when winter comes.  And winter is coming fast!


segunda-feira, 7 de maio de 2012

When do you get to that point where enough is enough?



À terceira ou quarta vez que vi este filme é que dei a verdadeira e merecida atenção a este diálogo:

"- When two people really love each other but they can't get it together, when do you get to that point
where enough is enough? (...)
- When two people love each other, totaly, truthfully, all the way love each other, when do you get to that point where enough is enough? Never.. Never..."


Não que seja uma teoria que estranhe. Sempre foi o que defendi: quando se ama à séria e o amor é total e intransponível não pode haver desistências. Porque nem nos filmes tudo é perfeito. E o esplendor da intimidade traz consigo as pequenas coisas que com o passar dos dias ficam maiores e irrespiráveis. E aquela desarrumação que ao princípio achávamos querida, ou aquela dependência enternecedora transformam-se num monstro que só pode ser vencido pelo diálogo, paciência, perdão, cedência de parte a parte e lembrança de que o mais importante é o amor total que existe entre os dois.

Este diálogo lembrou-me mais uma vez disso, não que estivesse esquecido, mas por vezes o cansaço tolda-nos o pensamento.

E por isso, para todos os desmemoriados, cansados e sonolentos, aqui fica esta mensagem de que o amor basta porque ele pode tudo, por vezes até o que afiguramos como impossível. Enjoy!

A persistência do tempo (Dali)




 
No último mês já escrevi uma dúzia de começos de posts que não consigo publicar, já divaguei e redigi mentalmente outros tantos, mas o tempo presiste e não me deixa. Entre o trabalho que, felizmente, é muito e os onze cães que tenho em casa, o tempo não me sobra e a pressa leva-me a inspiração. Dou por mim a contar os minutos de sono que vou conseguir apanhar em cada noite e o meu relógio já anda adiantado para não chegar atrasada a lado nenhum. E depois, mesmo a dormir, ando nos sonhos com pressa e prazos e trabalho e no dia seguinte acordo cansada. Revejo a minha lista de to dos e o pânico eleva-me da cama que me quer tanto e é correspondida, e lá vou eu a ditar textos por escrever aos cachorrinhos que me tentam subir pelas pernas. E o tempo persiste em não deixar de passar, e eu lá sigo ofegante, atrás dele, como se tivesse acabado de largar um balão que sei que não voltará. Dito isto, agradeço aos que ainda persistem no regresso, na promessa que vou continuar a correr. Um grande bem-hajam