quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Lembra-te que és pó e ao pó voltarás…

No início dos 40 dias de quaresma, que representam os 40 anos de caminho do povo judeu e os 40 dias de jesus no deserto, somos relembrados, mais uma vez, da nossa insignificância e fragilidade.
 
Somos todos pó, átomos de carbono, oxigénio, nitrogénio, hidrogénio, fósforo e no meu caso nicotina, que se vão agrupando segundo regras invisíveis às quais somos totalmente alheios. Nascemos do pó, voltaremos ao pó, e nos entretantos vamos pagando impostos, são estas as nossas únicas certezas.
 
De resto nada é certo, nem a hora em que tudo acaba, nem o lugar, nem a razão. Somos pó, e quando somos confrontados com essa realidade, quando nos lembramos que o somos, os nossos alicerces estremecem e durante uns tempos tentamos perceber o sentido.
 
E não chegamos a conclusão nenhuma, porque não há sentido algum, restando-nos apenas ir vivendo, na esperança, de que do pó renasça uma fenix e de que um dia possamos estar todos juntos outra vez.

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