sábado, 14 de julho de 2007

Acordar

Pois é... ando outra vez a fugir à escrita... mas nunca ao pensamento pois desse não se consegue fugir por muito que se queira. Tive me a lembrar dos tempos antigos em que as paixões febris da adolescência me faziam voltar para escrita, na altura em forma de verso. E porque recordar é viver aqui fica um poema de quando tinha 17 aninhos... Por isso e por tudo o resto dêem lhe um desconto!

HOJE ACORDEI SOBRE A MANHÃ DESPIDA/ COM REFLEXOS DE TI EM MEU OLHAR,/ E ACORDEI MAIS UMA VEZ PERDIDA/ ENTRE A DOR QUE É A MINHA VIDA/ E A DELICIA DESTE MEU SONHAR.../

E ME ERGO ASSIM NESTA TONTURA/ ONDE A AURORA SE ESPREGUIÇA DEVAGAR/ E O FUTURO ME ACORDA DE MANSINHO.../ DEPOIS DESTA LONGA NOITE ESCURA/ ESPERA ANSIOSO ESTE ACORDAR/

OLHO, ENTÃO, PELA JANELA, PARA A RUA/ E CONSIGO APENAS VER DESILUSÃO/ POR ENTRE A GENTE QUE PASSA NUA/ DE FÉ, DE SONHO E DE VONTADE/ E ASSIM ME ENCONTRO SEM FORÇA OU REACÇÃO/ E VOU DORMIR PARA SONHAR ATÉ MAIS TARDE.

1 comentário:

Miss em cena herself disse...

É bonito, sim senhora! Naive, como se quer aos 17 anos... tb eu os escrevia assim...
De certeza que ainda não lhe perdeste o jeito... anseio ver um dos poemas mais recentes ;-)

Bjokas
Tatiana