quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Lisboa saiu à rua ou a minha incursão pelos 80's

Ontem fomos "namorar" para o concerto de Simple Minds, com direito a um incursão pelos 80's à séria. Não tinha as minhas expectativas super elevadas, na medida em que só conhecia parte da discografia, e só sabia de cor dois ou três refrões. Saímos de casa, já atrasados (o costume) mas sem preocupações já que íamos de mota. No entanto, e surpreendentemente, o trânsito estava um inferno e nem de mota nos safámos, tendo demorado cerca de 20 minutos a chegar ao concerto e que moramos no centro de Lisboa.

O trânsito estava como costuma estar no dia 23 de Dezembro à hora de ponta, quando os carros apressados se amontoam numa marcha lenta a tentar ultimar os derradeiros preparativos. Havia pessoas nas ruas, casais, velhos e novos, grupos de amigos, famílias... Lisboa saiu à rua e nem o frio a impediu. Por isso, apesar do trânsito, enchi-me de uma alegria típica de romântica incurável ao aperceber-me o que o amor leva as pessoas a fazer. Elas só precisam de uma boa desculpa, do género: hoje é dia dos namorados! para quererem sair de casa, jantarem com os amigos, ou simplesmente passearem pelo parque. Os restaurantes estavam cheios e ouvia-se aquele burburinho das conversas e dos risos ao ritmo de uma música que tocava ao longe. Eram os Simple Minds. O concerto já tinha começado.

Apressadamente, entrámos no Coliseu, na sala cheia do Coliseu, como se entrássemos numa espécie de tele-transporte temporal directamente para os anos 80, sem passar pela casa partida. Não eram os penteados, não vi nem uma poupa. Nem os enchumaços, ou aquelas baggy pants, com a cintura por baixo dos ombros, que não ficavam bem a ninguém. A média de idades devia rondar os 40 anos mas em idade mental estavam todos de regresso à adolescência. Dançavam e cantavam exactamente como se vê nos filmes (sim porque nos 80's era nova de mais para ver pessoas dançar). E todos cantavam e aplaudiam enquanto bebiam uma cerveja e passeavam na nostalgia com o sorriso embasbacado de quem se lembra o que era dançar nos 80's.

O Jim Kerr estava no mesmo estado. Apesar do concerto ter tido um intervalo a meio que a idade já não perdoa, o escocês extaseado ainda nos presenteou com um encore. Foi fenomenal. Com os seus "tipical moves" a rodar o microfone sobre a cabeça, a fazer olhinhos e a mandar beijinhos pelo ar às "meninas", moveu as ancas como nenhum homem movia desde 1989. E eu tentei acompanhar e abanei a cabeça e as ancas até ao limiar da dor, ao som de I promised you a miracle, e aplaudi com os braços no ar e assobiei, promises promises. Simplesmente inesquecível. Jim Kerr ganhou mais uma fã.





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