sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

O fim do €uro ou Talvez não seja assim tão disparatado

Be afraid, Be very afraid....

Para quem julgava que eu sofria apenas de ilusões alicerçadas em teorias da conspiração sem qualquer conexão com a realidade (por momentos também duvidei), deixo-vos com um artigo, que a amiga MAG enviou, escrito por Pedro Braz Teixeira, Investigador do NECEP da Universidade Católica. O senhor, apresenta algumas das ideias práticas que já aqui tinham sido apresentadas no texto "O nosso kit de sobrevivência à Bancarrota". Talvez tivesse sido melhor ter tirado o curso de Economia, como os psicotécnicos indicavam. Certamente, teria mais dinheiro para sobreviver à crise. Mas como gostava de escrever, fui para humanidades e agora tenho um blog :s Se eu soubesse o que sei hoje...

Bem, espero que agora levem a sério as recomendações que se seguem. Se me tocarem à campainha a pedir um pacotinho de arroz depois do caldo entornado, mando-vos dar uma volta. E olhem que eu tenho cães grandes. Quem avisa amiga é ;)

 


«Fim do euro, recomendações práticas

A saída do euro pode ocorrer de forma muito caótica, podendo levar ao colapso temporário do sistema de pagamentos e de distribuição.
O risco de saída de Portugal do euro tem associados múltiplos riscos, dos quais gostaria de salientar três: o risco do colapso temporário do sistema de pagamentos, o risco do colapso temporário do sistema de distribuição de produtos e o risco de perda – definitiva – de valor de inúmeros ativos (depósitos à ordem e a prazo, obrigações, ações e imobiliário, entre outros).
Considero que todos os portugueses devem "subscrever" seguros contra estes riscos, tal como fazem um seguro contra o incêndio da sua própria casa. Quando se compra este seguro, o que nos move não é a expectativa de que a nossa casa sofra um incêndio nos meses seguintes, um acontecimento com uma probabilidade muito baixa, mas sim a perda gigantesca que sofreríamos se a nossa habitação ardesse.
Quais são as consequências imediatas de Portugal sair do euro? A nova moeda portuguesa (o luso?) sofreria uma desvalorização face ao euro de, pelo menos, 20%. Todos os depósitos bancários seriam imediatamente transformados em lusos, perdendo, pelo menos, 20% em valor. Todos os depósitos ficariam imediatamente indisponíveis durante algum tempo (dias? semanas?) e não haveria notas e moedas de lusos, porque o nosso governo e o Banco de Portugal não consideram necessário estarmos preparados para essa eventualidade.
O mais provável é que a saída do euro fosse anunciada numa sexta-feira à tarde, havendo apenas o fim de semana para tratar da mudança de moeda. Logo, na sexta-feira os bancos retirariam todas as notas de euros das máquinas de Multibanco e quem não tivesse euros em casa ou na carteira ficaria sem qualquer meio de pagamento.
Durante algumas semanas (ou mais tempo) teríamos um colapso do sistema de pagamentos e, provavelmente, também um corte nos fornecimentos. As mercearias e os supermercados ficariam incapazes de se reabastecer, devido às dificuldades associadas à troca de moeda.
Estes "seguros" de que falo, contra este cenário catastrófico, não podem ser comprados em nenhuma companhia de seguros, mas podem ser construídos por todos os portugueses, estando ao alcance de todos, adaptados à sua realidade pessoal.
O que recomendo é algo muito simples que – todos – podem fazer. Ter em casa dinheiro vivo num montante da ordem de um mês de rendimento e a despensa cheia para um mês. Esta ideia de um mês de prevenção é indicativa e pode ser adaptada à realidade de cada família.
Não recomendo que façam isso de forma abrupta, mas lentamente e também em função das notícias que forem saindo. De cada vez que levantarem dinheiro, levantem um pouco mais que de costume e guardem a diferença. De cada vez que fizerem compras tragam mais alguns produtos para a despensa de reserva. Aconselho que procurem produtos com fim de validade em 2013 ou posterior, mas, nos casos em que isso não seja possível, vão gastando os produtos de reserva e trocando-os por outros com validade mais tardia. Desta forma, sem qualquer rutura, vão construindo calmamente os vossos seguros contra o fim do euro.
Quanto custará este seguro? Pouquíssimo. Em relação ao dinheiro de reserva, o custo é deixarem de receber os juros de depósito à ordem, que ou são nulos ou são baixíssimos. Em relação aos produtos na despensa de reserva, é dinheiro empatado, que também deixa de render juros insignificantes.
Quais são os benefícios deste seguro? Se o euro acabar em 2012, como prevejo, o dinheiro em casa não se desvaloriza, mas o dinheiro no banco perderá, no mínimo, 20% do seu valor. Além disso terá o benefício de poder fazer pagamentos no período de transição, que se prevê extremamente caótico. A despensa também pode prevenir contra qualquer provável rutura de fornecimentos, garantindo a alimentação essencial no período terrível de transição entre moedas. Parece-me que o benefício de não passar fome é significativo.
E se, por um inverosímil acaso, a crise do euro se resolver em 2012 e chegarmos a 2013 com o euro mais seguro do que nunca? Nesse caso – altamente improvável – a resposta não podia ser mais simples: basta depositar no banco o dinheiro que tem em casa e ir gastando os produtos na despensa à medida das suas necessidades
(Negritos, sublinhados e tamanho de letra por Miss Jones)

4 comentários:

Verne disse...

Este texto tem uma serie d inconsistencias...isto nao foi publicaod em lado nenhum serio pois nao?

Miss Jones disse...

O que é que entendes por sitio sério e quais são as inconsistências. Se discordas, fundamenta, bebé. Por em causa só porque sim não tem graça. Pode ser que mudes a minha opinião e que eu passe o próximo mês a dar vazão às latas de atum que tenho lá em casa. :P

Verne disse...

LOL!

Ok entao vamos comecar:

"Todos os depósitos ficariam imediatamente indisponíveis durante algum tempo (dias? semanas?) e não haveria notas e moedas de lusos, porque o nosso governo e o Banco de Portugal não consideram necessário estarmos preparados para essa eventualidade. O mais provável é que a saída do euro fosse anunciada numa sexta-feira à tarde, havendo apenas o fim de semana para tratar da mudança de moeda. Logo, na sexta-feira os bancos retirariam todas as notas de euros das máquinas de Multibanco e quem não tivesse euros em casa ou na carteira ficaria sem qualquer meio de pagamento" seriously?

Mas alguem serio acha que o processo seria este? que seria assim tao atabalhoado?

Alguem serio acha que o governo pode sair do euro numa sexta a tarde e logo no dia seguinte ja n ha euros pa ninguem? este gajo nem sequer se deu ao trabalho de ir ler os mecanismos de saida do euro! E que estao previstos, os estados nao podem simplesmente saltar fora! Tipo: Malta amanha n ah euros!!! ah e os bancos so vao ter a proxima moeda pa semana! Portanto durante uma semana nao ah trocas de moeda no pais! (isto seria o equivalente a destruir a economia toda do pais! E ai n t preocupes se n tiveres euros porque o que n vais ter e pais!)

Se este gajos e tivesse dado ao trabalho de ir ver o processo de saida do euro secalhar percebia que esta previsto um periodo de transicao para uma nova moeda. De outra maneira nem seria possivel portanto o que ele escreve para alem d nao ter fundamento nenhum e de uma histeria atroz.

Depois ele escreve que os supermercados nao se conseguiriam abastecer porque nao haveria moeda para se abasteceram. Mas alguem com um minimo de cabeca acha mesmo que algum irresponsavel do governo deixava a "malta" morrer a fome? Mais histeria atroz...

Depois em que numeros e que ele se baseia para dizer que a nossa moeda desvaloriza 20%? Nao estou a contestar se o valor e muito alto ou mt baixo so pergunto onde e que ele se baseou para dizer isto! Para alem disso ele fala da desvalorizacao cambial como uma coisa pessima, o que tb daria uma discussao interessante mas nao e para isso que estamos aqui "hoje".

Em suma este texto e catastrofista e completamente irreal! Assume que o governo e irresponsavel, que iria deixar a malta morrer a fome, que os bancos sao irresponsaveis (ele acha mesmo que aos bancos so seria deixado um fim d semana para substituirem as suas reservas???? obviamente que isso ia levar a um colapso!!)) e que a saida do euro basta ser anunciada e comeca logo o processo de retirada d moeda do pais sem mais nada!

Este gajo e doido :P

Ah e por publicacoes serias estas a falar da maioria dos diarios e de sites de publicacoes especializadas!

bjs!

Miss Jones disse...

Verne

Percebo que a descrição do fim do euro ou da bancarrota (o que chegar primeiro) como um cataclismo seja um pouco exagerada mas nalgumas coisas o senhor tem razão, apesar de as ter explicado de forma atabalhoada.

Na Argentina, aquando da crise financeira (bancarrota) para evitar a fuga de capitais massiva que estava a ocorrer, o Estado congelou as contas bancárias. Não porque não havia notas, mas só mesmo para evitar uma situação financeira ainda pior. As pessoas estiveram vários dias sem dinheiro o sitema de pagamentos. E no fim desse periodo, havia limites ao levantamento/pagamentos.

Quanto aos supermercados, lembraste uma vez que racionaram o açúcar às cinco da tarde? Quando cheguei ao supermercado às sete e meia já não havia nem um. A questão é que as pessoas entram em pânico e assambarcam o que podem. Acho bastante plausivel que possa acontecer.

Depois dizes "Assume que o governo e irresponsavel, que iria deixar a malta morrer a fome, que os bancos sao irresponsaveis".. Em primeiro lugar, seriam irresponsáveis se não congelassem as contas numa situação dessas. Quanto a morreres à fome, o problema é teu. Tens bom remédio para isso. Enche a dispensa e caso um dia tal "catastrofe" se verifique, pode ser que nem te apercebas ;)